Como falar com as crianças sobre sexualidade? Psicóloga comenta caso de menino que encontrou revista com nudez e explica o que fazer

  • 18/04/2025
(Foto: Reprodução)
Especialista afirmou que tema precisa ser tratado com naturalidade e não banalizado. Pai afirmou que o filho encontrou a revista com fotos de mulheres nuas em uma policlínica de Santos (SP). Criança encontra revista com mulheres nuas dentro de unidade de saúde em Santos (SP) Arquivo pessoal e Divulgação/Prefeitura de Santos O caso do menino de 11 anos que encontrou uma revista com fotos de mulheres nuas dentro de uma unidade de saúde em Santos, no litoral de São Paulo, acende um alerta à importância sobre a pauta da sexualidade entre pais e filhos. Ao g1, a psicóloga Thalita Lacerda Nobre afirmou que é nesta idade, apontada em estudos como pré-adolescência, que algumas mudanças corporais vão acontecendo. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. O caso aconteceu na Policlínica da Aparecida. O pai da criança contou que o filho estava no local com a mãe para acompanhar um exame da avó. O menor, inclusive, aproveitou para tomar uma vacina na unidade de saúde. Por meio de nota, a prefeitura informou que a revista foi retirada da policlínica após a reclamação da mãe da criança. Ainda de acordo com a administração municipal, a unidade de saúde recebe doações de livros dos munícipes (veja o posicionamento completo abaixo). De acordo com a psicóloga, é comum o interesse sobre a sexualidade durante essa idade, mas, por serem imaturos e inseguros sobre as mudanças corporais. "De alguma forma, isso, às vezes, pode assustar um pouco os pais". De acordo com Thalita, é comum o interesse sobre a sexualidade durante essa idade, mas as crianças ainda são imaturas e inseguras sobre as mudanças corporais nesta fase. Para ela, talvez os pais tenham se assustado mais ao ver o filho tendo contato com esse tipo de material na policlínica e tenham transmitido para o menino essa ansiedade. "Isso talvez não acontecesse se os pais tratassem a questão da sexualidade com naturalidade". Os responsáveis, segundo ela, agiram corretamente ao questionar porque uma policlínica não tem que oferecer esse tipo de material. "A gente sabe que isso está completamente inadequado". A questão, para a psicóloga, está na proibição do assunto. "Talvez a questão da sexualidade naquela família seja algo muito proibido, então falar de desejo sexual, nudez seja algo, assim, muito tabu e ele nunca tenha visto. Então, eu não consigo pensar num trauma a partir de um fato isolado como esse". E como agir? 🤔 Observar qual foi a reação da criança diante da situação; Tratar o ocorrido com naturalidade, mas sem banalizar ou trazer peso à situação; Perguntar à criança se ela desejaria falar sobre o assunto; Em situação afirmativa ou em momentos posteriores, aproveitar para explicar sobre o cuidado com a privacidade, a não banalização do corpo e da sexualidade. Thalita explicou que, caso os filhos vejam imagens de corpos pelados, a orientação é observar qual foi o impacto que o menor teve. "Tem muito conteúdo sexual na televisão, nos filmes, nos vídeos e outros lugares que ele vai poder ver, então acho que o melhor é os pais se mostrarem disponíveis caso a criança queira conversar sobre o assunto", disse. Para a especialista, situações do tipo podem ser usadas para os pais ensinarem ao filho sobre o cuidado com o próprio corpo, com a intimidade e com o respeito aos demais. "Trate de uma forma com naturalidade, mas ao mesmo tempo deixando claro a importância da privacidade", explicou. O momento, segundo ela, também é uma oportunidade dos pais explicarem que o corpo nu não é um objeto. De acordo com a especialista, a sugestão para os responsáveis é que não banalizem e nem reprimam os sentimentos das crianças. Thalita destacou a importância de mostrar disponibilidade para falar sobre qualquer assunto íntimo. De acordo com a psicóloga, os responsáveis também devem orientar os filhos a procurá-los caso alguém "invada" o corpo deles e, consequentemente, a privacidade. "Isso pode ajudar bastante quando chegar na fase da adolescência e a não encarar a sexualidade de uma forma tão aterrorizante", finalizou. Entenda o caso O pai da criança, Felipe Andrade do Nascimento Oliveira, de 41, contou que o menor ficou abalado com a situação e pediu para nunca mais voltar ao local. A criança encontrou a revista em um armário com livros na ala pediátrica. A coordenação da unidade de saúde, por outro lado, afirmou que a publicação estava em um revisteiro na recepção. A administração da policlínica afirmou que a revista é especializada em fotografia. As imagens, que podem ser vistas acima, são descritas na própria publicação: "Mesmo em fotos de nu frontal, a sutileza e a beleza superam qualquer conotação sexualista", dizia o texto. Felipe contou que o menino correu para mostrar a revista para a mãe. "O meu filho tem 11 anos e ficou muito abalado com a situação [...]. Ficou tão chocado de ter visto aquela revista em um lugar público, que é um lugar de saúde, onde tem várias pessoas, tanto pessoas de idades como crianças". Revista retirada Ainda segundo o pai, a esposa ficou nervosa e reclamou na recepção da unidade sobre o conteúdo da revista. Conforme o relato de Oliveira, os funcionários afirmaram para mulher que não tinham culpa daquela publicação estar no local. O homem acrescentou que irá conversar com o menino para tentar fazer com que ele esqueça o ocorrido. "O meu filho não quer mais voltar ao local [...], mas não temos plano de saúde e somos obrigados a levá-lo lá [na policlínica]", finalizou. Relembre outro caso Uma empresária de 35 anos denunciou um caso de espionagem em seu apartamento em São Vicente (SP). De acordo com Milena Augusta, ela estava em um momento íntimo, sem roupas, quando foi surpreendida por um drone, que ficou parado em sua janela. A mulher relatou que se sentiu completamente invadida e exposta pela situação. Drone invade privacidade e filma mulher nua no litoral de SP VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/04/18/como-falar-com-as-criancas-sobre-sexualidade-psicologa-comenta-caso-de-menino-que-encontrou-revista-com-nudez-e-explica-o-que-fazer.ghtml


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